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ATLETISMO NO ENSINO REMOTO: UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Matheus Dantas de Lucena, Ítalo José Silva Santos, Juliana de Assis Oliveira, Klécio Ruan Dantas do Nascimento, Marcela Karla Moura Silva, Renata Nishimura Guerra Cavalcanti

Última alteração: 2021-09-10

Resumo


PALAVRAS-CHAVE: Escola; Atletismo; Ensino Remoto.

INTRODUÇÃO
O presente relato de experiência é resultante de uma prática pedagógica do conteúdo Esportes de Marca, com ênfase no Atletismo, que ocorreu pela aplicação de 5 aulas de Educação Física (EF) na Escola Estadual Vigário Bartolomeu, em Natal/RN. Este trabalho é fruto da participação dos bolsistas do Programa Residência Pedagógica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) nas aulas de EF das turmas do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental.
Abordar os Esportes de Marca e o Atletismo nas aulas de EF escolar, mesmo que remotas, é de suma importância, uma vez que esses esportes são conteúdos sugeridos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nos anos citados, sendo de grande relevância social o uso de modalidades esportivas para a aprendizagem dos alunos, além de possibilitar a eles o direito de acesso à cultura de movimento. Tratando do Atletismo especificamente, González, Darido e Oliveira (2014) afirmam a modalidade como meio para que os alunos entendam os outros esportes de marca, além do potencial de enriquecimento da gestualidade do aluno pela diversidade de movimentos que o Atletismo possui.
Durante o período de pandemia, adotou-se o ensino remoto nas escolas públicas da cidade. Portanto, este estudo tem por objetivo relatar as aulas remotas sobre Atletismo, ministradas pelos bolsistas residentes de EF na escola em questão. O presente trabalho caracteriza-se como qualitativo-descritivo, a partir dos estudos, discussões e vivências durante as aulas de EF. As aulas ocorreram via Google Meet, contando com a participação de 8 e 15 alunos do 6º e 7º anos, respectivamente, no período de 3 a 25 de maio de 2021.

AÇÕES PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE ATLETISMO
Na aula sobre os Esportes de Marca, trabalhamos o conteúdo na sua dimensão conceitual, englobando diversas modalidades, indagando os alunos no intuito de considerar seus conhecimentos prévios. Na aula sobre Atletismo, discutiu-se os aspectos históricos e técnicos da modalidade. Além disso, houve uma vivência prática, combinando corrida estacionária com um quiz sobre as provas de corrida. Na aula de construção dos implementos (dardo, disco, peso e martelo), utilizou-se materiais recicláveis e os alunos produziram seguindo as orientações dos bolsistas. Na aula seguinte, os alunos vivenciaram livremente os movimentos utilizando os implementos e tentando realizar os gestos técnicos de cada prova. Já na aula de Marcha Atlética, houve uma apresentação em vídeo e a demonstração dos movimentos básicos. A partir disso foi proposta uma atividade prática de “caça objetos”, cujos discentes procuraram determinados objetos em suas casas, realizando os movimentos da Marcha Atlética. Por fim, foi realizado um questionário virtual, via Google Forms, referente aos temas trabalhados durante as 5 aulas. O questionário conteve 14 questões fechadas acerca do conteúdo e uma autoavaliação com 7 questões fechadas e 3 abertas.
A avaliação citada acima teve a participação da maioria dos alunos e por meio da autoavaliação foi possível obter os feedbacks dos discentes sobre a contribuição deles nas aulas, os pontos positivos e negativos, assim como as sugestões para melhoria. No tocante aos pontos positivos, muitos estudantes citaram a interação professor-aluno e as estratégias utilizadas. Quanto aos pontos negativos, não houve nenhum comentário. As aulas com maior participação foram: o jogo de palavras para trabalhar os conceitos dos Esportes de Marca (aula 1); a corrida estacionária combinada com o quiz sobre as provas de corrida (aula 2); o caça objetos com movimentos da Marcha Atlética (aula 5).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, compreende-se que as experiências tidas foram positivas para os alunos. Mesmo com as limitações do ensino remoto, como: dificuldades no manuseio de equipamentos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), acesso à internet e espaço adequado para as vivências, eles conseguiram ter acesso ao conteúdo apresentado e discuti-lo nas aulas. Notamos que a organização do conteúdo de maneira coerente resultou na aprendizagem e envolvimento dos alunos interessados, os quais foram postos como protagonistas do processo de ensino-aprendizagem em 4 aulas desenvolvidas.

Referências


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2018.
GONZÁLES, F. J; DARIDO, S. C; OLIVEIRA, A. B. Esportes de Marca e com Rede Divisória ou Muro/Parede de Rebote. Maringá: Eduem, v. 2, p. 309-350, 2017.

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