Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, III Congresso Nordeste de Ciências do Esporte

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COMPRENDENDO A REALIDADE DA DUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO MUNICÍPIO DE NATAL
Judson Cavalcante Bezerra, Allysson Carvalho de Araújo, Mackson Luis F. da Costa

Última alteração: 2010-09-16

Resumo


No Brasil, a preocupação da Educação Física com a inclusão de deficientes físicos, tomou força na metade do último século. Historicamente, a educação física foi taxada por sua finalidade positivista e seletiva de talentos, excluindo os “não-aptos” das práticas corporais por considerá-los incapazes de fazê-las. Hoje, a inclusão dos deficientes físicos nas aulas de Educação Física é amparada pela LDB de 1996 e se faz obrigatório o acesso das vivências da cultura corporal de movimento, bem como aos demais tipos de saberes tratados no ambiente escolar. Assim sendo, o professor de educação física assume um importantíssimo papel nesse (re)conhecimento da cultura corporal de movimento pelo deficiente físico. No presente trabalho, objetivou-se através de uma pesquisa exploratória, compreender a realidade da prática pedagógica do professor de educação física no que se refere ao processo de inclusão dos deficientes físicos em suas aulas. Metodologicamente, realizou-se uma entrevista semi-estruturada com professores, diretor e um aluno da Escola Estadual Floriano Cavalcanti, instituição da rede pública de ensino de Natal/RN, para fins de coleta de dados; e realizou-se um reconhecimento das condições estruturais de acessibilidade para deficientes físicos na escola em questão. Na análise dos dados coletados, constatamos que a escola apresenta total acessibilidade para deficientes físicos que utilizam a cadeira de rodas como possibilidade de mobilidade, apesar das condições precárias de alguns acessos; as professoras e diretora da escola alegaram não ter qualquer orientação para lhe dar com deficientes físicos, além das orientações do senso comum; e a aluna com deficiência física, entrevistada, relatou não participar das aulas de educação física porque era liberada pelo professor. Nesse cenário, podemos inferir que o processo de inclusão nas aulas de educação física ainda se encontra fragilizado, não tanto pelo respeito à política de acessibilidade, mas por intervenções pedagógicas qualificadas.


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