Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, XV CONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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Formação continuada de professores: aula interativa e entrevistas
Rubens Jose Ferreira Junior, Glelsiner Vitor da Silva Pinto

Última alteração: 2018-09-02

Resumo


Através das buscas bibliográficas realizadas, constata-se que não há consenso entre os autores sobre as primeiras manifestações no Brasil relacionadas à formação continuada de professores. De acordo com Souza 1998 (apud SILVA; MEYER, 2015), em 1908 um inspetor geral de ensino, no estado de São Paulo, mencionou a necessidade de aperfeiçoamento de professores no modo como era feito em outros países. Andaló 1995 (apud ALFERES; MAINARDES, 2011), relata que as mais antigas tiveram início nos anos 60 do século passado, através de colaboração realizada entre o INEP e a direção de cursos de aperfeiçoamento do Instituto de educação do Rio de Janeiro, buscando verificar junto aos docentes o que pensavam dos cursos de aperfeiçoamento. Segundo Souza e Lima (2017) na década de 1970 houve uma ampliação do número de vagas escolares para a população em geral. Na década de 1980 houve vários problemas no contexto da educação como: reprovações, evasões, entradas tardias e também arrocho salarial dos professores. Neste contexto surgiram grandes debates e também a criação de Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAMs). Em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9394/96) no artigo n 67, entre outros aspectos, trata da valorização dos profissionais da educação através da garantia do Aperfeiçoamento profissional continuado. Relata também a garantia de momentos também para estudos, planejamento e avaliação dentro do período de trabalho. Segundo Nez, 2004, A LDB exigiu mudanças no perfil e nas incumbências do professor e o compeliu a atualização e aprendizado de conhecimentos, frente às novas demandas exigidas. Atualmente a formação continuada está presente em vários planos desenvolvidos pelo Ministério da Educação e Cultura. No estado do Espírito Santo a formação continuada de professores é de responsabilidade da Secretaria de Educação do Espírito Santo em especial do Centro de Formação dos Profissionais da Educação do Espírito Santo (CEFOPE) que tem as funções de planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar diferentes estratégias de formação continuada dos profissionais da educação pública estadual, visando o aperfeiçoamento e valorização destes. O CEFOPE ministtra cursos de capacitação, aperfeiçoamento e especialização e produz um documento entitulado Diretrizes para a Formação Continuada dos Profissionais da Educação do Espírito Santo que norteiam a implementação da politica de formação continuada dos professores da rede estadual de educação. Com o objetivo de realizar um trabalho para a disciplina de Formação Docente e Currículo em Educação Física e problematizar com os alunos do primeiro período do curso de licenciatura em Educação Física aspectos sobre a formação continuada de professores foi realizada uma aula expositiva e interativa. A interação partiu da pergunta formulada por Loureiro, 2012: “Quando penso em formação continuada penso em…”. Os alunos foram orientados a escrever em um papel uma palavra ou expressão que viesse a sua mente e guardá-la até o final da atividade. Na aula interativa foi apresentado um breve histórico da formação continuada, parte das leis de diretrizes básicas que trata do tema, os diferentes planos desenvolvidos pelo Ministério da Educação e Cultura, as ações da Secretaria de Educação do Espírito Santo em especial do Centro de Formação dos Profissionais da Educação do Espírito Santo (CEFOPE), as Diretrizes para a Formação Continuada dos Profissionais da Educação do Espírito Santo, as formações previstas, realizadas e em andamento, vídeos de educadores e o pensamento de autores de diversas áreas que tangenciam o tema. Foram realizadas entrevistas semi estruturadas com professores de ensino fundamental, médio e superior. As entrevistas foram apresentadas na forma de vídeo e transcritas. As entrevistas foram realizadas na escola pública da rede estadual de ensino. Com a análise das resposta pode se perceber que os professores tem percepções distintas. Ao longo da aula interativa foram problematizadas algumas respostas dadas pelos professores. Ao final da aula ao som da música “Deixa a vida me levar” de Zeca Pagodinho, numa alusão ao oposto de todos os objetivos da formação continuada ora apresentados, os alunos foram convidados a colar o papel com sua primeira impressão acerca do tema sobre o quadro na busca de agrupar as informações iguais e analisar após tudo o que foi apresentado em aula. Por último foi apresentada uma proposta de “correção” da canção atraves de uma paródia contextualizada com o que se pode pensar da formação continuada de professores de Educação Física no estado do Espírito Santo.

Palavras-chave


formação, formação continuada, CEFOPE, aula interativa, paródia

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