Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, 30º ENAREL Encontro Nacional de Recreação e Lazer e IX Seminário de Estudos do Lazer

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BARREIRAS PARA A PRÁTICA DO LAZER NA ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE
João Eloir Carvalho, Emerson Rodrigo Ratko

Última alteração: 2019-10-02

Resumo


Introdução:. Dumazedier (1973) define o lazer a partir da não-obrigatoriedade e considera três funções básicas que caracterizam esse tempo: o descanso, a diversão e o desenvolvimento. O tempo livre é definido como o tempo liberado do trabalho ocupacional e o lazer compreende as atividades de caráter recreativo realizadas nesse período. No âmbito do tempo livre/lazer juvenil, os pesquisadores destacam essa dimensão como uma das vias mais frutíferas para se compreender as diversas vivências juvenis na contemporaneidade. São momentos fundamentais para o exercício de suas sociabilidades, para a elaboração de suas múltiplas identidades e, ainda, por propiciar o desenvolvimento de práticas próprias, ritos, simbologias e modos de ser que os diferenciem (Brenner et al., 2005). As Nações Unidas definem juventude como um grupo etário convencionalmente compreendido entre 15 e 24 anos. No entanto, aspectos socioculturais, psicológicos, filosóficos e antropológicos devem ser levados em consideração para compreensão da sua heterogeneidade. Estamos lidando com uma geração de jovens que cresce em um mundo marcado por um significativo desenvolvimento tecnológico. Aliada à falta de incentivo, a indústria tecnológica contribui em muito para o aumento dos índices de obesidade e doenças relacionadas ao sedentarismo entre crianças, jovens e adolescentes. Metodologia: estudo de caráter quantitativo, com jovens entre 14 a 20 anos, sendo 54 participantes, 30 do sexo feminino e 24 do sexo masculino, destes 49% possuem o Ensino Médio e 59 % estão cursando a Universidade. Resultados: Quanto à frequencia de atividades de lazer, 8% não tem esta prática, 20% praticam esporadicamente ou 1 a 2 vezes durante o mês; 24 % praticam atividades de 3 a 6 vezes no mês e 28% diariamente, demonstrando que mais de 50% dos participantes tem uma frequencia regular de atividades de lazer. Os motivos que dificultam a prática das atividades de lazer nesta faixa etária, foram a falta de tempo (32%), o cansaço devido a compromissos e trabalho (24%) e a falta de companhia para as práticas (20%), ainda a falta de dinheiro (13%). As principais barreiras se encontram na falta de incentivo (33%) no pouco interesse (26%) e a falta de divulgação (17%), verificou-se ainda que 9% respevtivamente apontaram a desconsideração da importância das práticas de lazer e os preconceitos sofridos durante suas práticas. As suas principais opções de práticas de lazer, 37% destacaram a frequencia em shopings, teatros e bares; 24% a prática de esportes e atividades físicas e outros 24% destacaram o lazer em suas casas, por meio da televisão e da internet e ainda 6% as pequenas viagens com a família e os amigos. Conclusão: a falta de áreas de lazer e a falta de compromisso com os espaços ofertados e ainda a falta de tempo e de incentivo são as principais barreiras. A utilização da internet, assim como a TV já figura como uma atividade cotidiana entre os jovens. Contudo, ainda com limitações, este estudo traz elementos importantes presentes no tempo livre de jovens e contribuem para a criação de políticas públicas que de fato estejam integradas com as reais necessidades desses jovens.

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