Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, IV CONECE

Tamanho da fonte: 
SISTEMATIZAÇÃO DO ENSINO DAS ARTES CIRCENSES: UMA POSSIBILIDADE CRITICO-SUPERADORA
Jamildo Rios de Almeida

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


O ser humano é necessariamente um ser social. O processo de humanização representa o seu desenvolvimento histórico, principalmente por meio da cultura. Assim, a transmissão dos resultados da cultura humana é o processo de educação, segundo Leontiev (2004). Sendo que a aquisição da cultura ocorre através da apropriação dos fenômenos externos da cultura material e intelectual produzidos por gerações precedentes. Esta forma particular de fixação e transmissão das aptidões humanas se deve à atividade fundamental humana: o trabalho Leontiev (2004). Enfim, uma das formas de expressão cultural, fruto do desenvolvimento desta ação de trabalho, são as artes circenses, uma produção cultural que tem seu espaço dentro da sociedade. Tendo em vista que as atividades circenses são de difícil transmissão para os alunos, resolvemos tratar esse conteúdo para possibilitar um acesso a professores da área a fim de se capacitarem com o trato pedagógico desse conteúdo pouco explorado. Tem o objetivo de propor possibilidades para sistematizar as atividades circenses para as aulas de Educação Física nos ciclos pedagógicos 2 e 3 do Ensino Básico propostos pela teoria Crítico-Superadora que compreende o Ensino Fundamental da organização escolar atual. E objetivos específicos de conhecer a realidade do trato das atividades circenses nas aulas de Educação Física; proporcionar o contado da cultura corporal existentes nas artes circenses para os estudantes. Esse trabalho possibilitará um trato com o conhecimento das artes circenses nas aulas de Educação Física, orientado para uma prática docente que visa a transformação social, baseado na teoria Crítico-Superadora, que é uma perspectiva pedagógica onde “o conhecimento é tratado de forma a ser retraçado desde sua origem ou gênese, a fim de possibilitar ao aluno a visão de historicidade, permitindo-lhe compreender-se enquanto sujeito histórico, capaz de interferir nos rumos de sua vida privada e da atividade social sistematizada” (COLETIVO DE AUTORES, 1992: 27). Entendendo que a Educação Física, na prática pedagógica escolar, aborda a área de conhecimento denominada cultura corporal, que apropria os conteúdos jogo, dança, ginástica, esporte; e a arte circense como um patrimônio histórico cultural produzido pela humanidade e que contempla os conteúdos da cultura corporal, fez-se necessário propor uma sistematização das artes circenses para as aulas de Educação Física de acordo com os ciclos pedagógicos propostos pela teoria Crítico-Superadora.

Referências


BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Educação física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 96p. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf - Acesso em 20 de Setembro de 2011.
COLETIVOS DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.
COSSOLI, Thiago. Do perigo das ruas ao risco do picadeiro: circo social e práticas educacionais não governamentais. Niterói: Ed. UFF, 2006.
DUARTE, R.H. Noites Circenses: espetáculos de circo e teatro em Minas Gerais no século XIX. Campinas, SP: Ed. UNICAMP, 1995.
FRANCO, Maria Amélia S. Pedagogia da pesquisa-ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 483-502, set./dez. 2005.
LEONTIEV, A. O Desenvolvimento do Psiquismo. São Paulo, Centauro, 2004.
MELO NETO, José Francisco de. Pesquisa-Ação (aspectos práticos da pesquisa-ação nos movimentos sociais populares e em extensão popular). In: http://www.prac.ufpb.br/copac/extelar/producao_academica/artigos/pa_a_pesquisa_acao.pdf. Acesso em 22/10/2011.
MUNHOZ, Janaina de Freitas; RAMOS, Clauco Nunes Souto. O Circo nas Aulas de Educação Física: Sua Aplicação em uma Escola Pública no Estado de São Paulo. São Carlos, SP: Ed UFSCar, 2007.

Texto completo: PDF