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EDUCAÇÃO FÍSICA E AUTISMO: COMO É E COMO DEVERIA SER.
Beatriz Rosa Teles, Monica Yumi Okada, Juliana Barbosa

Última alteração: 2018-09-17

Resumo


De acordo com Castro (2005) o autismo trata-se de uma desordem no desenvolvimento do cérebro, que pode ocorrer antes, durante ou após o nascimento. Mediante os estudos atuais, hoje percebemos que é possível encontrar autistas com vários níveis de intensidade, indo dos mais graves até os mais leves. O autismo (autista) possui dificuldade, principalmente, em três áreas: interação social, comunicação e comportamento (KHOURY et al, 2014). Na área da interação social, a criança geralmente ignora a presença do outro, preferindo atividades solitárias; na área da comunicação, tanto verbal como não verbal, existe um atraso na linguagem ou até mesmo ausência dela, podem apresentar também ecolalia – repetir palavras ou frases ditas por outra pessoa; na área comportamental, faz uso de movimentos estereotipados, giram objetos sem parar, movimentos de braço como se tivessem asas, batem palmas e possuem uma resistência a mudança de hábitos (KHOURY et al, 2014). Portanto, o nosso objetivo é saber como professores de Educação Física desenvolvem atividades para alunos autistas e quais as dificuldades para a elaboração dessas atividades. Mediante ao objetivo do estudo citado acima, foi elaborado um questionário com seis (6) questões, com o objetivo de saber um pouco mais sobre a participação dos alunos autistas nas aulas de educação física. Durante a pesquisa, foram coletados dados de 3 professores, caracterizados aqui como P1, P2, P3, mediante um questionário sobre a participação do aluno autista nas aulas de educação física. O método de pesquisa desenvolvido neste estudo foi o descritivo, comparativo e correlacional, com abordagem qualitativa. Após a análise de dados identificou-se que as atividades são elaboradas de acordo com o grau de transtorno que o aluno apresenta, visando o desenvolvimento de suas capacidades físicas e habilidades motoras, contudo os professores realataram uma dificuldade para a elaboração das atividades no início de sua docência em virtude da falta de capacitação nesta área da educação especial em suas graduações. No entanto, as dificuldades para a execução das atividades pelos alunos são as faltas de materiais que a escola fornece e a quantidade de alunos lotados em uma mesma turma. Portanto, a pesquisa com os professores mostrou que apenas a graduação não os forneceu subsídios suficientes para se trabalhar com esta deficiência, e para isso os professores tiveram que buscar especializações e cursos de capacitações na área da educação especial, e com isso, hoje, já conseguem elaborar suas aulas visando também a interação do aluno autista com o restante da turma.

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