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EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR
Lara Tercilia Pereira de Brito, Rayana de Lima Araujo, Adriano Lopes de Souza

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


PALAVRAS-CHAVE: Educação Física; Ensino Fundamental; Interdisciplinaridade.

O presente estudo teve como objetivo relatar as experiências vivenciadas durante o período do Estágio Supervisionado II (1° ao 5° ano), do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tomando como base um projeto de intervenção construído a partir das observações realizadas no contexto escolar (incluindo a convivência com as crianças, professores e demais funcionários). Ora, o intuito da referida proposta foi refletir sobre a nossa própria prática (SCHÖN, 1997), confrontando a sua relação com os conhecimentos teóricos mobilizados na graduação. Nossa intervenção foi realizada em uma escola do município de Tocantinópolis-TO, com duração de aproximadamente três meses (abril a julho), com três visitas semanais no turno vespertino. No planejamento da nossa proposta, consultamos o referencial curricular do Ensino Fundamental I e consideramos o meio de convívio social das crianças, incluindo as necessidades que as mesmas possuíam naquela etapa de ensino. Assim, planejamos 50% de aulas práticas, e 50% de aulas teóricas . Zunino (2008) relata que a Educação Física é uma das formas mais eficientes pela qual o indivíduo pode interagir, representando um espaço significativo para a aquisição e aperfeiçoamento de novas habilidades motoras e psicomotoras, bem como uma prática pedagógica capaz de promover a capacidade física, cognitiva e afetivas.
Isto posto, procuramos realizar um trabalho condizente com a realidade dos alunos nas aulas de Educação Física, contribuindo, por exemplo, com o respectivo processo de alfabetização. Partindo desse pressuposto, como principais resultados, identificamos uma melhoria no comportamento dos alunos e um maior interesse pelo aprendizado, conseguimos conciliar as aulas de Educação Física com o processo de alfabetização das crianças através da interdisciplinaridade, com a organização de jogos e brincadeiras cooperativas. Ora, concordamos com Freire e Scaglia (2003) de que os jogos e brincadeiras são importantes conteúdos a serem trabalhados na Educação Física, visando o processo de construção de diferentes conhecimentos, num ambiente de liberdade, ludicidade e criatividade. Dessa forma, conseguimos proporcionar aos alunos vivências com foco no movimento, voltadas para o desenvolvimento de valores, autonomia, respeito, etc. Este processo proporcionou reflexões acerca dos pontos positivos e negativos gerados durante a nossa atuação docente, na busca por um processo que promova o desenvolvimento integral da criança, considerando a importância da interdisciplinaridade, entendendo que a criança representa o mundo por meio das situações criadas e vivenciadas, num processo ativo de reinterpretação do mundo, oportunizando diferentes possibilidades para a invenção e a produção de novos significados, saberes e práticas. Portanto, conclui-se que é necessário (e possível) trabalhar com a interdisciplinaridade no âmbito escolar, em especial, utilizando como conteúdo/recurso pedagógico a vivência de jogos e brincadeiras.

REFERÊNCIAS
FREIRE, João Batista; SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003.
SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Don Quixote, 1997.
ZUNINO, Ana Paula. Educação Física: ensino fundamental, 6º - 9º. Curitiba: Positivo, 2008.

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