Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, VII Congresso de Ciências do Esporte da Região Norte

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Comparação da Força de Preensão Manual entre Praticantes de Musculação e Treinamento Funcional.
Gabriel Afonso Borges, Aldenora Marques Rodrigues, João Agenor Resplandes Moraes Junior, Bibiano Madrid

Última alteração: 2018-09-22

Resumo


Introdução: A força de preensão manual é reconhecida como um estimador da força global e tem sido apresentada como biomarcador de importantes desfechos em saúde. Objetivo: Comparar a força de preensão manual entre pessoas que praticam musculação, treinamento funcional e um grupo controle. Metodologia: Participaram do estudo 20 praticantes de musculação, 20 praticantes de treinamento funcional e o grupo controle com 20 participantes não praticantes de exercícios físicos regulares. A amostra foi do composto por indivíduos do sexo masculino, com faixa etária entre 18 e 30 anos. O instrumento utilizado para mensuração da força de preensão manual foi o dinamômetro hidráulico Jamar®. O teste foi executado na posição sentado, com o ombro aduzido, cotovelo fletido a 90º, antebraço em posição neutra e a posição do punho poderia variar de 0 a 30° de extensão. Foi utilizada estatística descritiva com média (m) e desvio padrão (dp). A normalidade da amostra foi avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparação entre os grupos. O nível de significância adotado foi de P‹0,05. Analise e discussão: Não foi encontrada diferença significativa entre os grupos Treinamento Funcional, Musculação e Grupo Controle nas variáveis IMC (24,5±2,1; 23,9±2,2; 25,6±4,1 kg/m², respectivamente), idade (26,5±3,3; 25,5±4,4; 24,7±2,8 anos; respectivamente), Força de preensão manual mão dominante (48,6±9,4; 49±7,1; 47±7,1 kgf; respectivamente), mão não dominante (46,8±7,10; 47,4±6,4; 44,2±5,1 kgf; respectivamente), e tempo de atividade contados em meses (19,75±9,3 para treinamento de força e 30,55±18,6 para treinamento funcional). Em análise da FPM entre a mão dominante e a mão não-dominante nos três grupos avaliados o lado dominante obteve maiores valores de FPM do que o lado não dominante. Este achado segue o mesmo direcionamento em Celante e Duarte (2012) e Novaes et al. (2003). Podendo ser explicado, em parte, pela maior frequência de utilização do membro dominante em atividades diárias que exigem força, enquanto o membro contralateral é requerido principalmente em tarefas que envolvem coordenação fina. Esperava-se verificar diferença significativa entre os grupos analisados que realizam treinamento e os que não realizam, embora isso não foi possível, vale ressaltar que a amostra é relativamente pequena e o grupo controle foi composto por jovens, que embora não pratiquem exercícios físicos regulares, podem executar tarefas domesticas, recreativas e laborais ativas em sua rotina diária. É necessário que novos estudos sejam desenvolvidos com análise de uma amostra maior de indivíduos, mensuração de FPM antes e após o treinamento. Conclusões: O delineamento experimental utilizado não encontrou diferença significativa entre os grupos, contudo verificou-se uma tendência a valores maiores nos grupos treinamento funcional e musculação enquanto comparados ao grupo controle.

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