Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, VIII Congresso Sulbrasileiro de Ciências do Esporte

Tamanho da fonte: 
A INTERPRETAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E A FORMATAÇÃO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA ANÁLISE EM TRÊS INSTITUIÇÕES
Alexandre Scherer, Raquel Cardoso Coelho

Última alteração: 2016-07-27

Resumo


Este estudo de cunho qualitativo de caráter documental pesquisou as formas de interpretação que Instituições de Ensino Superior têm em relação às Diretrizes Curriculares Nacionais para a formatação dos currículos dos Cursos de Educação Física. Foram objetos de análise os Projetos Pedagógicos Curriculares de três instituições de Ensino Superior, Leis, Resoluções e Pareceres. A análise foi feita através da categorização e debateu três temas: As Instituições de Ensino Superior e a interpretação das Diretrizes Curriculares Nacionais; A Estrutura dos Cursos em Educação Física; e O perfil de egresso. Os resultados apontam que as instituições privadas de ensino compreendem que as Diretrizes Curriculares Nacionais orientam e normatizam condutas para duas formações, uma em Educação Física em Licenciatura e a outra em Educação Física Bacharelado com campos de atuação distintos. Já, a instituição pública discute essas diretrizes e em nome da autonomia universitária cria um curso de licenciatura ampliada ou unificada com entrada única e dupla modalidade de egresso. Com o exposto sugere-se que as Diretrizes Curriculares Nacionais podem ser interpretadas de diferentes formas possibilitando a construção curricular ampliada e específica além de perspectivar perfis de egressos diferenciados.
Palavras chaves: Educação Física e Treinamento; Currículo; Diretrizes Curriculares Nacionais.

THE INTERPRETATION OF NATIONAL CURRICULUM GUIDELINES AND THE CURRICULAR FORMAT IN PHYSICAL EDUCATION: AN ANALYSIS IN TREE INSTITUTIONS

ABSTRACT
This qualitative approach study of documentary character searched the ways of interpretation that Higher Education Institutes have regarding the National Curriculum Guidelines to format the curriculum of Physical Education Course. The objects analyzed were the Pedagogic Curriculum Projects of tree Higher Education Institutes, Laws, Resolutions and Opinions. The analysis was made by the categorization and discussed tree topics: The Higher Education Institutes and the interpretation of National Curriculum Guidelines; The Course Structure in Physical Education; and the egress type. The results show that the private educational institution understand that the National Curriculum Guidelines guide and establish pipeline to two formations: one in Physical Education Graduation and the other in Physical Education Baccalaureate with different acting. However the Public Institution discuss this guidelines and in name of university autonomy make a expanded or unified graduation course with single entry and dual mode of egress. With this study, it suggest that the National Curriculum Guidelines can be interpreted in many ways making possible the curricular construction expanded and specific besides perspective different egress types.

Key-words: Physical Education and training; Curriculum; National Curriculum Guidelines.

LA INTERPRETACIÓN DE LAS DIRECTRICES CIRRICULARES NACIONALES Y LA FORMACIÓN CURRICULAR EM EDUCACIÓN FÍSICA: UN ANÁLISIS EM TRES INSTITUCIONES

RESUMEN
Este estudio de naturaleza cualitativa y de carácter documental, investigó las formas de interpretación por parte de las Instituciones de Enseñanza Superior sobre las Directrices Curriculares Nacionales para la formación de los Currículos de los cursos de Educación Física. Fueron objeto de análisis los Proyectos Pedagógicos Curriculares de tres instituciones de Enseñanza Superior, Leyes, Resoluciones y Pareceres. El análisis fue hecho a través de la categorización y debate de tres temas: Las Instituciones de Enseñanza Superior y la interpretación de las Directrices Curriculares Nacionales; La Estructura de los cursos de Educación Física; y el perfil del egresado. Los resultados apuntaron que las instituciones privadas de enseñanza entienden que las Directrices Curriculares Nacionales orientan y normalizan conductas para dos formaciones, una en Educación Física Licenciatura y otra en Educación Física Bachillerato, con campos de actuación diferentes. Ya la institución pública discute esas directrices y en nombre de la autonomía universitaria, crea un curso de licenciatura ampliada o unificada, con entrada única y doble modalidad de egreso. Ante lo expuesto, se sugiere que las Directrices Curriculares Nacionales pueden ser interpretadas de formas diferentes, posibilitando así, una construcción curricular ampliada y específica, además de traer la perspectiva de perfiles de egresos diferenciados.

Palabras clave: Educación Física y Entrenamiento; Currículo; Directrices Curriculares Nacionales.

Referências


AZEVEDO, A. C. B.; MALINA, A. Memória do currículo de formação profissional em Educação Física no Brasil. Revista Brasileira de Ciências e Esportes. Campinas, v. 25, n. 2, p. 129-142, jan. 2004.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Ed. Atlas, 2011.
BENITES, L.C.; SOUZA NETO, S.; HUNGER, D. O processo de constituição histórica das diretrizes curriculares na formação de professores de Educação Física. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v.34, n.2, p. 343-360, maio/agosto. 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 07/2004. Brasília: Ministério da Educação, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Tabela áreas de Conhecimento CAPES. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 outubro 2014.
______. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n. 7, de 19 de fevereiro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 04 mar. 2004. Seção 1, p.18.
______. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução n. 1, de 18 de fevereiro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 abr. 2002. Seção 1, p.8.
______. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução n. 2, de 31 de março de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 abr. 2004. Seção 1, p.9.
______.Congresso Nacional. Lei n. 9394, de 17 de dezembro de 1996.
______.Congresso Nacional. Lei n. 9696, de 1º de setembro de 1998.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Nota Técnica 03/2010. Disponível em: < http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=491> Acesso em 24 abril 2013.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Resolução n. 03, de 16 de junho de 1987. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jun. 1987. DO n.172.
FREITAS, D. S. Intervenção e controle profissional em Educação Física no Brasil: aspectos legais e contraditórios. 2013. 71 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) – Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, 2013.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MENDES, C.L; PRUDENTE, P.L.G. Licenciatura X Bacharelado: o currículo da Educação Física como uma arena de luta. Impulso, Piracicaba • 21(51), 97-108, jan.-jun. 2011.
QUELHAS, A. A.; NOZAKI, H. T. A formação do professor de Educação Física e as novas diretrizes curriculares frente aos avanços do capital. Juiz de Fora- MG. Revista Motrivência, Ano XVIII, Nº 26, p. 69-87, Junho/2006.
SCHERER, A. Educação Física e os Mercados de Trabalho no Brasil: Quem Somos, Onde estamos e para onde vamos? In: Formação Profissional em Educação Física e Mundo do Trabalho. Vitória/ES: Gráfica da Faculdade Salesiana, 2005, p. 31-45.
SILVA, O. O. N. Bacharelados em Educação Física: uma incógnita na formação profissional. In: Revista Digital Efdeportes, Ano 14; n. 140, p. 1-5, Enero 2010.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. 119 p.

Texto completo: PDF