Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, VIII Congresso Sulbrasileiro de Ciências do Esporte

Tamanho da fonte: 
MULTICULTURALISMO CRÍTICO E EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA AUTOETNOGRAFIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA
Leandro Oliveira Rocha, Karine de Almeida Müller, Lucas Lopez da Cruz

Última alteração: 2016-07-25

Resumo


O presente estudo, um projeto de tese de doutorado em fase de qualificação, problematiza o multiculturalismo nas aulas de educação física escolar e tem como objetivo compreender o desenvolvimento de práticas educativas pautadas no multiculturalismo crítico e os aprendizados oriundos nesse processo que são significativos na construção da minha identidade docente. Para desenvolver a pesquisa, estou construindo uma autoetnografia, cujo trabalho de campo será realizado na escola pública municipal onde sou professor de educação física e está previsto para o ano letivo de 2017. Diante da atual fase de desenvolvimento da pesquisa, apresento neste texto algumas considerações sobre a sustentação teórica e o desenho teórico-metodológico do estudo, a partir das seguintes relações: multiculturalismo crítico e educação física escolar, e autoetnografia e conscientização.

Palavras-chave


Educação Física Escolar; Multiculturalismo Crítico; Autoetnografia.

Referências


APPLE, M. W. Política cultural e educação. Porto Alegre: Cortez, 2002.
BRANDÃO, C. R. A Pergunta à Várias Mãos: a experiência da partilha através da pesquisa na educação. São Paulo: Cortez, 2003.
CANDAU, V. M. Sociedade, cotidiano escolar e cultura(s): uma aproximação. Educação e Sociedade, ano XXIII, n. 79, p. 125-162, agosto/2002.
______. O/a educador/a como agente sociocultural. In: CANDAU, V. M. (Org.). Didática crítica intercultural: aproximações. Petrópolis: Vozes, p. 55-80, 2012.
CANEN, A. O multiculturalismo e seus dilemas: implicações na educação. Comunicação e política, v. 25, n. 2, p. 91-107, 2007.
DAY, C.; GU, Q. Professores: vidas nuevas, verdades antiguas. Madrid: Narcea, 2012.
ELLIS, C.; ADAMS, T. E.; BOCHNER, A. P. Autoethnography: An Overview. Forum: Qualitative Social Research, 12(1), Art. 10, [40 paragraphs], 2010. Disponível em: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0114-fqs1101108 . Acesso em: 07 jan. 2016.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______. Conscientização. 3. ed. da 2ª reimpressão. São Paulo: Centauro, 2001.
GIROUX, H. A.; MCLAREN, P. A educação de professores e a política de reforma democrática. In: GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1997, p. 195-212.
GUIMARAES, D. R. S. Desvendando a sala de Educação Física: tensões entre o currículo proposto e o currículo real. 2012. 245 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.
HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 15-46, jul./dez. 1997.
KUNZ, E. Transformação Didático-Pedagógica do Esporte. 6. ed. Rio Grande do Sul: Editora Unijuí, 2004.
MCLAREN, P. Multiculturalismo crítico. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
NEIRA, M. G. Ensino de Educação Física. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
OLIVEIRA, D. A. A reestruturação do trabalho docente: precarização e flexibilização. Revista Educação e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, p. 1127-1144, set./dez. 2004.
SPRY, T. Performing autoethnography: An embodied methodological praxis. Qualitative Inquiry, 7 (6), p. 706-732. 2001.
STARR, L. J. The use of autoethnography in educational research: locating who we are in what we do. Canadian Journal for New Scholars in Education. v. 3, ed. 1, jun. 2010.
TAYLOR, C. Multiculturalismo. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

Texto completo: PDF