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INTRODUÇÃO
Durante pandemia causada pelo vírus SARSCOV-2 ações de distanciamento social impostas como medidas de contingência da doença, embora muito importantes, trouxeram consigo dificuldades de acesso à Prática de Atividade Física (PAF); soma-se a isto que os serviços de atendimento de urgência estão com superlotação dos sistemas de saúde, o que dificulta o acesso a tais serviços (SÃO PAULO, 2020), demandando maior atenção dos profissionais para prevenção de intercorrências durante a PAF, o que pode ser aumentao o caso de Pessoas com Deficiência - PcD (MELO, 2018).
Objetivo: Analisar o perfil de profissionais que oferecem PAF para PcD, verificando como eles se auto-avaliam em relação ao conhecimento sobre riscos desta prática. Procedimentos metodológicos: Trata-se de um estudo de campo, realizado no Estado de São Paulo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos UNIMEP sob parecer: 4.236.331, com profissionais que atuam/atuavam com PAF para PcD.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a coleta dos dados, usamos um questionário elaborado para este fim, com questões sobre perfil sociodemográfico e auto-avaliação de conhecimentos sobre cuidados e procedimentos em situações específicas, que requerem cuidado diferenciado. As questões sobre conhecimento específico foram dadas em uma escala do tipo Likert de cinco pontos, sendo 1 o menor conhecimento; o escore total de cada profissional foi calculado considerando-se a somatória de seus pontos. O questionário foi inserido na Plataforma Survio e distribuído em mídias sociais dos pesquisadores através do método Snowball (Bodas; Peleg, 2020). As coletas foram entre 06/02/2021 a 10/03/2021, período em que o estado de São Paulo encontrava-se na fase vermelha, do plano São Paulo (SÃO PAULO, 2020).
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foi realizada análise descritiva com cálculo da média e desvio padrão, distribuição de frequência, teste de correlação de Spearman, com p <0,05. A consistência interna das respostas foi avaliada com o teste Apha de Cronbach (CROMBACH, 1951); Todas as análises foram realizadas com o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20 (IBM Corporation).
RESULTADOS
Participaram 57 profissionais, 71,90% mulheres, com idade média de 38,49 ±10,22 anos; 82,5% declararam trabalhar com PcD antes do início da pandemia. Durante o período de distanciamento social analisado; 35,1% dos profissionais afirmaram oferecer atividades presenciais e em grupos. O tempo de prática profissional foi 10,33± 12,19 anos; o espaço de trabalho mais citado foi a escola 52,60%; 40,40% recebem entre dois e três salários mínimos; A consistência interna do instrumento foi alta, com α= 0,84; 57,9% dos profissionais declararam nível insuficiente de conhecimento sobre intercorrências e ou cuidados específicos durante PAF, sendo os mais citados, casos de convulsão e disreflexia autonômica e Covid-19 e pessoas com deficiência, sendo o escore máximo de avaliação 40, o mínimo 1 e o escore médio total 22,66.. Houve associações estatísticas significantes entre as variáveis conhecimento e idade rho=-0,265 e conhecimento e formação acadêmica rho=-0,283, para p<0,05.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto sugere-se ações de acolhimento aos profissionais, promovendo esclarecimentos sobre estas especificidades e medidas de segurança que devem ser tomadas, ressaltando-se que PcD pertencem ao grupo risco aumentado de morte pela Covid- 19 (ZHOU et al., 2020).