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MAPEAMENTO DAS PRÁTICAS DE LAZER DE UNIVERSITÁRIOS DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ-AP
Gustavo Maneschy Montenegro, Adriane Cristina Silva Sousa, Alethea Hamaiana Albuquerque de Carvalho, Ana Flávia Batista Azevedo Barbosa, Ariane Machado Sales

Última alteração: 2021-12-03

Resumo


A pesquisa mapeou as práticas de lazer vivenciadas pelos universitários residentes em Macapá-AP. Assim, entendemos o lazer como uma necessidade humana e dimensão cultural, localizado no tempo/espaço social e com aspectos lúdicos (GOMES, 2014). Nessa conjuntura de pandemia do novo Coranavírus cabe compreender como os universitários estão vivenciando atividades de lazer, ao se ter em vista propor intervenções nessa área no município, que fica localizado no extremo Norte do Brasil. Atualmente, a cidade tem passado por diversas obras urbanas, como reforma de praças e de complexos esportivos.
Desse modo, o lazer está presente em diversos contextos, seja no aspecto cultural, social, político e histórico. Cabe analisar a compreensão das práticas de lazer levando em consideração o sexo, a idade e o entendimento individual dos universitários. Logo, este estudo trata de uma pesquisa voltada para universitários, que teve como instrumento de coleta de dados a aplicação de um questionário virtual, por meio da ferramenta Google Forms. O questionário continha perguntas abertas e fechadas, onde os participantes puderam marcar mais de uma alternativa. O link de acesso ao questionário foi encaminhado para grupos de WhatsApp de universitários e contatos individuais dos pesquisadores. O questionário permaneceu disponível do dia 10/05/2021 a 17/05/2021.

RESULTADOS
Participaram da pesquisa 69 estudantes, de 19 cursos de graduação da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. Avaliamos que isso é um fator positivo, pois proporcionou uma abrangência nas respostas e distinções nas atividades de lazer praticadas pelos discentes. Além disso, ressaltamos que 61,8% das pessoas participantes foram mulheres.
Foi possível notar uma variedade de práticas de lazer mencionadas pelos estudantes. Ações como ouvir música, ficar com a família, atividades físicas e práticas virtuais de lazer estão entre as mais mencionadas. Ouvir música foi citada por 75,4% dos partícipes. Além disso, ficar com a família e sair com amigos foram mencionadas, respectivamente, por 63,8% e 58% dos alunos respondentes. Esses dados mostram que o ambiente doméstico, bem como as relações de sociabilidade entre a família e amigos tem um peso considerável para mobilizar experiências de lazer.
Outro conjunto de ações de lazer mencionadas foram às atividades ligadas às práticas corporais. 50,7% dos participantes responderam que praticam esporte em seus momentos de lazer. Além disso, também foram destacadas ações como dançar (30,4%), pular corda (1,4%) e caminhada/corrida (1,4%). Portanto, esses dados ressaltam que as práticas corporais são apropriadas como formas de lazer pelos estudantes e a sociedade em geral.
As atividades virtuais de lazer também foram mencionadas de maneira significativa, o que denota o meio virtual como ambiente de relações sociais no mundo contemporâneo. Jogos online foi mencionado por 34,8% dos participantes; jogos interativos por 30,4%; uso de aplicativos como Discord, Tik Tok e redes sociais por 3,5% dos estudantes. Para Schwartz e Moreira (2007), é necessário observar com atenção as atividades decorrentes do uso da internet, pois este tem sido um local de destaque para mobilização de atividades de lazer.
Quando perguntados sobre as barreiras para vivenciar lazer, 88,2% dos participantes indicou que a pandemia do coronavírus é o principal fator limitante. Com a pandemia, foram tomadas ações de distanciamento social, o que implicou na restrição de circulação nas cidades, toque de recolher, limitação do horário de funcionamento e/ou fechamento de espaços de sociabilidade como bares, boates, cinemas e espaços públicos em geral. Esses fatores implicaram negativamente para as vivências de lazer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste estudo, percebemos a necessidade da ampliação de políticas públicas que possam oferecer não só os espaços esportivos e de lazer, mas também uma política de intervenção capaz de diversificar as experiências de lazer das pessoas

Referências


GOMES, C. L. Lazer: necessidade humana e dimensão da cultura. Revista Brasileira de Estudos do Lazer. Belo Horizonte, v.1, n.1, p.320, jan./abr. 2014.
SCHWARTZ, G. M; MOREIRA, J. C. C. O ambiente virtual e o lazer. In: MARCELLINO, N. C. (Org) Lazer e cultura. Campinas: Editora Alínea, 2007, p. 149-170.

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