Apresentação: A promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) instituiu novos encaminhamentos para a educação nacional, principalmente no sentido de propor mudanças significativas, com destaque para a liberdade atribuída aos conselhos de educação, às escolas e aos professores, a fim de que pudessem organizar e estruturar o ensino, diferenciando-o de região para região e de escola para escola. Justificativa: consideramos importante o presente estudo para identificar elementos que possam contribuir na formação e atuação docente em educação física nas escolas. Objetivos: a presente reflexão tem o propósito de contribuir com o debate sobre as aulas teóricas nas Educação Física Escolar, contextualizando-se aspectos possíveis para esclarecer os professores sobre a essência da área de trabalhar com a expressão corporal como linguagem, mas situá-los sobre a possibilidade do encontro com estratégias de ensino que vão além da imobilidade que reina muitas aulas teóricas ministradas. Metodologia: recorremos à pesquisa exploratória (Triviños, 1987), realizada com 11 (onze) professores da rede pública de ensino do município de Natal, capital do Rio Grande do Norte, objetivando verificar “in loco” a atuação dos professores de Educação Física em algumas escolas. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos uma entrevista dirigida (Chizzotti, 1995). Resultados e Conclusões: As evidências constatadas nas entrevistas dos professores mostram que a organização didática da EFE parece não seguir os mesmos preceitos didáticos dos demais componentes curriculares. Precisamos, então, repensar a Educação Física no sentido de implantar nas escolas os preceitos teórico-metodológicos das propostas pedagógicas que foram concebidas no Brasil nos últimos anos, cujas ações de muitos professores limitam-se à restrição de movimento por parte dos alunos quando optam somente pelas aulas teóricas como única possibilidade para o ensino dos conteúdos da EFE.