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RELATO DE EXPERIÊNCIA: DIFERENÇAS LUSO-BRASILEIRO NO ENSINO DO ATLETISMO
Aurélia Dhuann Alves Batista, Flórence Rosana Faganello Gemente

Última alteração: 2017-06-19

Resumo


PALAVRAS-CHAVE: Atletismo; Escola; Formação.

INTRODUÇÃO
A possibilidade de realizar um intercâmbio, oportuniza o conhecimento de culturas, pessoas, línguas, comidas típicas, entre outros. Neste trabalho relatamos diferenças encontradas nos objetivos, nos processos de ensino e avaliação das disciplinas de Atletismo dos cursos de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade da Madeira (UMa), vivenciadas durante o intercâmbio do Programa de Bolsas Luso-Brasileiro Santander Universidades realizado na Ilha da Madeira, Portugal.

OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo analisar as disciplinas de atletismo cursadas na faculdade de Educação Física – UFG (FEFD) e na UMa – Ilha da Madeira.

METODOLOGIA
O presente texto é um relato de experiência de uma graduanda de Licenciatura em Educação Física da FEFD – UFG/Goiânia. Os dados utilizados foram coletados dos Diários de Campo elaborados pela graduanda durante a realização da disciplina de Metodologia do ensino e pesquisa em Atletismo (MEPA) cursada no período de março a julho de 2015 das 16:00 – 18:30 horas na FEFD e, da disciplina de Estudos práticos I – Atletismo (EPIA) no período setembro de 2016 a janeiro de 2017 das 07:00 – 09:30 horas, na UMa.

ANÁLISE E DISCUSSÃO
Na FEFD, a disciplina de MEPA, tem como foco desenvolver competências educacionais, técnicas e políticas acerca processo de ensino e aprendizagem do atletismo; oportunizar análises críticas e reflexivas acerca do Atletismo e sensibilizar os acadêmicos sobre as condições materiais e pedagógicas no contexto escolar (FAGANELLO GEMENTE, 2016). A professora regente da disciplina, possui uma preocupação evidente quanto a construção deste conhecimento, as atividades realizadas pelos acadêmicos perpassam pela confecção de materiais adaptados, apresentação de seminário, trabalhos escritos, provas teóricas e práticas (o aluno assume a postura do professor sendo responsável em planejar e desenvolver atividades por meio de uma aula) e a produção de materiais audiovisuais. A preocupação mais notável é a que o aluno tenha o domínio em desenvolver novas atividades, reconheça o Atletismo como campo de investigação e saiba analisar de forma crítica e reflexiva suas diferentes manifestações.
Na UMa a disciplina EPIA, tem como objetivo compreender e explicar as atividades esportivas; ser capaz de gerir atividades desportivas em diferentes contextos; identificar, compreender e explicar a sua história, as perspectivas de desenvolvimento, concepções e as práticas em diferentes contextos (LOPEZ e GONÇALVES, 2016). Os dois professores responsáveis pela disciplina são comprometidos com o conhecimento, desenvolvem atividades tais como: provas e trabalhos teóricos, repetições do movimento e análises do movimento. Os professores se mostram preocupados com a transmissão e aquisição do conhecimento, que os alunos sejam capazes de organizar competições e desenvolver o atletismo em contextos como escola e esporte de alto rendimento.
Uma distinção que encontramos entre os cursos e que vale destacar é que, os conteúdos trabalhados na disciplina da FEFD são adaptados para a realidade das escolas brasileiras. As adaptações podem ser por meio de: jogos, brincadeiras e confecção de materiais alternativos e utilização do espaço, materiais oficiais e desenvolvimento básico da técnica das diferentes provas, aproximando das ideias apresentadas por Matthiesen (2003, 2014).
Na disciplina da UMa os conteúdos são desenvolvidos com a utilização dos materiais oficiais e da pista de atletismo. As atividades propostas pelos professores, são direcionados para o treinamento, variando entre educativos e o desenvolvimento da técnica do movimento das respectivas provas do atletismo. Não foram vivenciadas atividades que visam adaptações de espaço e materiais, uma vez que a realidade das escolas da Ilha da Madeira é distinta das escolas brasileiras e existe a possibilidade de convênios entre as escolas com as federações e o governo.

CONCLUSÃO
Com base nas experiências vivenciadas nas disciplinas de atletismo na FEFD – UFG Goiânia e na UMa – Ilha da Madeira, verificamos que as diferenças culturais dos países e as condições estruturais das escolas influenciam o direcionamento do ensino do Atletismo de cursos de licenciatura e na formação profissional.

REFERÊNCIAS
FAGANELLO GEMENTE, F.R.; Plano de Ensino. Disponível em: www.fefd.ufg.br, acessado em 28 de março de 2017.

LOPES, H.M.A; GONÇALVES, C.M.F; Ficha da Disciplina. Disponível em: www.uma.pt, acessado em 28 de março de 2017.

MATTHIENSEN, S.Q. et al; Atletismo se aprende na Escola, Jundiai, SP, editora Fontura, 2003.

MATTHIENSEN, S.Q., Atletismo na Escola. Maringá, UEN, 2014.

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