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Na área de Educação Física inúmeras pesquisas têm se debruçado sobre a temática corpo. Problematizar, investigar e contextualizar, por meio de vertentes antropológicas, sociológicas e biológicas, vêm contribuindo muito para o avanço dessa área de conhecimento e, sobretudo, ressaltando a importância da compreensão dos processos de constituição e de significação dos corpos na sociedade.
Em busca de tencionar e romper com concepções de corpo dicotomizadas e estabelecidas pela sociedade em que vivemos, o projeto de monitoria da disciplina “Corpo no Mundo”, oferecida no curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade Federal Fluminense, propôs discutir de forma crítica, os modelos e padrões corporais hegemônicos. Considerando que o corpo/sujeito deve ser entendido e respeitado de acordo com suas individualidades, é importante problematizar as visões dicotômicas e alienadas que circulam no senso comum e perceber que não necessariamente precisamos nos encaixar nos modelos corporais que estão postos socialmente como ideais.
Neste sentido, é de fundamental importância desmistificar o que é colocado pela sociedade como natural, normal ao pensarmos em estereótipos corporais, proporcionando uma formação docente que visa uma análise crítica das representações corporais ditas hegemônicas. E, principalmente, possibilitando a compreensão de toda a multiplicidade de questões que envolvem as reflexões relevantes acerca da Educação Física Escolar, rompendo com os paradigmas que perpetuam na área.
O presente estudo teve como objetivo investigar a formação de professores de educação física a partir de um projeto de monitoria voltado para a análise crítica das representações corporais hegemônicas e como transformá-las.