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PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA E EDUCAÇÃO FÍSICA: SISTEMATIZANDO A CAPOEIRA DA ESCOLA
Última alteração: 2017-06-19
Resumo
1 INTRODUÇÃO
A temática capoeira, na perspectiva da Pedagogia Histórico Crítica (PHC), baseia-se na necessidade de resgatar esse conteúdo da cultura corporal pouco aplicada nas aulas de Educação Física que, segundo o Coletivo de Autores (1992, p. 75), significa a voz do oprimido corporalmente, sendo uma manifestação reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural imaterial brasileiro. Por conseguinte, o presente trabalho objetiva sistematizar o ensino da capoeira da escola por meio de uma didática pedagógica, histórica e crítica, proposta por Gasparin (2007, p. 9), que sugere cinco momentos para aulas que buscam o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.
2 METODOLOGIA
O estudo é realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica exploratória, com enfoque marxista e abordagem qualitativa (materialismo histórico-dialético), realizada durante os primeiros meses de 2017, a partir de três reuniões por semana para ler, fichar e debater sobre os livros: Pedagogia Histórico-Crítica, Metodologia do Ensino de Educação Física, e Uma Didática para o Ensino da Pedagogia Histórico-Crítica. A partir de então, iniciou-se a montagem e sistematização do plano de unidade e dos planos de aula para aplicação do conteúdo capoeira, buscando uma forma de aplicar os métodos propostos pelos autores.
3 DESCRIÇÕES, RESULTADOS, INTERPRETAÇÕES...
A PHC ficou evidenciada por buscar, através da educação, interferir sobre a sociedade buscando contribuir para a sua transformação e tornar o processo ensino-aprendizagem significativo (GASPARIN, 2007, p.5-12). Portanto, quando pensamos no ensino da capoeira sob a perspectiva da PHC, podemos relacionar com os cinco passos que formam essa didática da seguinte forma: Primeiramente, a prática social inicial que pode ser realizada a partir de questionamentos diretos, ou por meio de atividades que envolvam imagens e o movimento. É importante estimular a participação do aluno, para descobrir que informações já possuem sobre conteúdo capoeira.
O segundo momento é a problematização, no qual o professor deve utilizar tudo que os alunos compartilharam na prática social inicial e problematizar de forma que considerem a dimensão conceitual, cultural, social, ética e religiosa do conteúdo capoeira e, assim, desenvolvam opiniões críticas. Deve-se questionar: porque a música/dança entrou na capoeira? Porque ela é relacionada aos negros? Porque ela é criminalizada? Etc. Em seguida, temos a instrumentalização, momento em que o professor precisa estar preparado para esclarecer dúvidas dos alunos, além de compartilhar sobre o conteúdo, levantando desde sua história até a atualidade a partir de um embasamento teórico cientifico e cultural. É primordial esclarecer as dúvidas sobre a origem da capoeira, os instrumentos e os fundamentos básicos.
Posteriormente, ocorre a catarse. Nesse momento, ocorre a união do cotidiano (pensamentos e conhecimentos do senso comum que o aluno tinha antes da aula) ao científico (conhecimento aprofundado e elaborado que o professor trouxe para as aulas). A catarse se dá em atividades que os alunos expressam de forma oral ou escrita, formal ou informal, o seu novo conhecimento sobre o conteúdo. Como por exemplo, a elaboração de um festival de capoeira, uma corrida de orientação construída com pistas e tarefas sobre o conteúdo capoeira e participação dos alunos na semana de conscientização negra. E, por fim, a prática social final que é a mudança gerada no aluno a partir do conteúdo da capoeira e os conhecimentos que foram adquiridos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos a partir das leituras, debates e reflexões contribuiu como aporte teórico para a uma prática diferenciada da capoeira no ambiente escolar. Ademais, o desenvolvimento desta pesquisa demostra a possibilidade desse conteúdo ser sistematizado e ministrado a partir da visão crítico-superadora.
5 REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 4. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.
A temática capoeira, na perspectiva da Pedagogia Histórico Crítica (PHC), baseia-se na necessidade de resgatar esse conteúdo da cultura corporal pouco aplicada nas aulas de Educação Física que, segundo o Coletivo de Autores (1992, p. 75), significa a voz do oprimido corporalmente, sendo uma manifestação reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural imaterial brasileiro. Por conseguinte, o presente trabalho objetiva sistematizar o ensino da capoeira da escola por meio de uma didática pedagógica, histórica e crítica, proposta por Gasparin (2007, p. 9), que sugere cinco momentos para aulas que buscam o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.
2 METODOLOGIA
O estudo é realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica exploratória, com enfoque marxista e abordagem qualitativa (materialismo histórico-dialético), realizada durante os primeiros meses de 2017, a partir de três reuniões por semana para ler, fichar e debater sobre os livros: Pedagogia Histórico-Crítica, Metodologia do Ensino de Educação Física, e Uma Didática para o Ensino da Pedagogia Histórico-Crítica. A partir de então, iniciou-se a montagem e sistematização do plano de unidade e dos planos de aula para aplicação do conteúdo capoeira, buscando uma forma de aplicar os métodos propostos pelos autores.
3 DESCRIÇÕES, RESULTADOS, INTERPRETAÇÕES...
A PHC ficou evidenciada por buscar, através da educação, interferir sobre a sociedade buscando contribuir para a sua transformação e tornar o processo ensino-aprendizagem significativo (GASPARIN, 2007, p.5-12). Portanto, quando pensamos no ensino da capoeira sob a perspectiva da PHC, podemos relacionar com os cinco passos que formam essa didática da seguinte forma: Primeiramente, a prática social inicial que pode ser realizada a partir de questionamentos diretos, ou por meio de atividades que envolvam imagens e o movimento. É importante estimular a participação do aluno, para descobrir que informações já possuem sobre conteúdo capoeira.
O segundo momento é a problematização, no qual o professor deve utilizar tudo que os alunos compartilharam na prática social inicial e problematizar de forma que considerem a dimensão conceitual, cultural, social, ética e religiosa do conteúdo capoeira e, assim, desenvolvam opiniões críticas. Deve-se questionar: porque a música/dança entrou na capoeira? Porque ela é relacionada aos negros? Porque ela é criminalizada? Etc. Em seguida, temos a instrumentalização, momento em que o professor precisa estar preparado para esclarecer dúvidas dos alunos, além de compartilhar sobre o conteúdo, levantando desde sua história até a atualidade a partir de um embasamento teórico cientifico e cultural. É primordial esclarecer as dúvidas sobre a origem da capoeira, os instrumentos e os fundamentos básicos.
Posteriormente, ocorre a catarse. Nesse momento, ocorre a união do cotidiano (pensamentos e conhecimentos do senso comum que o aluno tinha antes da aula) ao científico (conhecimento aprofundado e elaborado que o professor trouxe para as aulas). A catarse se dá em atividades que os alunos expressam de forma oral ou escrita, formal ou informal, o seu novo conhecimento sobre o conteúdo. Como por exemplo, a elaboração de um festival de capoeira, uma corrida de orientação construída com pistas e tarefas sobre o conteúdo capoeira e participação dos alunos na semana de conscientização negra. E, por fim, a prática social final que é a mudança gerada no aluno a partir do conteúdo da capoeira e os conhecimentos que foram adquiridos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos a partir das leituras, debates e reflexões contribuiu como aporte teórico para a uma prática diferenciada da capoeira no ambiente escolar. Ademais, o desenvolvimento desta pesquisa demostra a possibilidade desse conteúdo ser sistematizado e ministrado a partir da visão crítico-superadora.
5 REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 4. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.
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