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Hoje em dia o corpo obeso é desvalorizado, classificado pela sociedade como anormal, exagerado, descontrolado, sem asseio, sem cuidado, desleixado, preguiçoso, feio, desajeitado. Por outro lado, o corpo magro é valorizado, cobiçado, bonito, desejado, saudável, longe dos riscos dos malefícios da gordura corporal. Tais representações são construídas por meio dos discursos circulantes na sociedade a respeito do corpo obeso. Partindo disso, a presente pesquisa tem por objetivos identificar quais são os discursos a respeito do corpo obeso presentes na comunidade discente do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e analisar de que forma esses discursos são colocados em circulação no âmbito da Educação Física. Adotou-se a metodologia qualitativa – quantitativa, proposta por Uwe Flick (2009), tanto para estabelecer um mapa dessas práticas discursivas, como, analisar os resultados obtidos. Os dados produzidos indicam que a predominância de disciplinas ancoradas nas áreas da saúde e de caráter técnico-instrumental, bem como a pouca importância dada ao tema pelas disciplinas ancoradas nas humanidades, reforçam as representações hegemônicas anunciadas a respeito do corpo obeso.