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A partir da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394) houve um movimento de reorientação curricular, consolidado com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental em 1996, as publicações dos Parâmetros Curriculares Nacionais em 1997 e a instauração de processos de avaliações de larga escala centralizados nos resultados. Isso faz parte do processo de globalização da economia e da cultura e é influenciado pela hegemonia das formas de governo neoliberal. Como resultado, tanto as propostas curriculares como as políticas de sua elaboração e implantação ganharam destaque nas pesquisas educacionais (LOPES; MACEDO, 2002).
Nesse quadro, analisamos as relações entre o processo de seleção docente e as políticas curriculares. Tomamos as Diretrizes Curriculares de Campinas (DCC) anos iniciais (DCC1) e anos finais e EJA (DCC2) e os concursos públicos de 2012 e 2014 como objetos de análise. A noção de ciclo de produção de políticas, proposta por Stephen Ball, e as produções do campo dos estudos de currículo fundamentaram as interpretações.