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PRÁTICAS AVALIATIVAS DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM DIÁLOGO COM A REDE MUNICIPAL DE VILA VELHA
Marilia Baptista Ferreira, Marciel Barcelos, Aline Oliveira Vieira

Última alteração: 2017-06-19

Resumo


Pesquisas como a de Glap, Brandalise e Rosso (2014), que estudaram a produção acadêmica veiculada em periódicos, dissertações e teses entre 2010 e 2012, sinalizam um maior interesse da área da Educação por estudos sobre avaliação da aprendizagem na Educação Infantil (EI). Já Frossard (2015), ao analisar a produção acadêmica publicada em periódicos da Educação Física (EF), no período de 1976 a 2014, não encontrou trabalhados que discutissem o tema.
Diante desse contexto, tem por objetivo analisar as concepções e formas avaliativas realizadas por professores de EF que atuam na EI da Rede Municipal de Vila Velha, ES (PMVV). De maneira especifica responderemos a seguinte questão: quais as práticas avaliativas realizadas pelos professores com formação em EF na EI?
Assim, a ausência de estudos sobre a especificidade da avaliação do processo de ensino e da aprendizagem da EF na EI e a necessidade de descentralizar as pesquisas da capital Vitória, surgem como justificativas dessa pesquisa.
De natureza quantitativo do tipo exploratória (MARCONI, LAKATOS, 2008), utilizamos como instrumento de produção de dados o questionário estruturado com questões abertas (5), fechadas (17) do tipo múltipla escolha (8), de ordem hierárquica (4) e de opinião (5) que abordam: o perfil profissional; formação acadêmica; concepções de avaliação; e práticas avaliativas.
Foram convidados para participar do estudo 107 professores de EF que atuam na EI do município de Vila Velha, por meio do encontro de formação continuada. Destes, 34 professores responderam o questionário, sendo 27 efetivos e 7 em designação temporária. As análises dos dados produzidos por meio dos softwares SPSS possibilitou a organização e, posteriormente a sua categorização dos dados.
A análise sobre o que os professores avaliam, evidenciam que: 38,6% priorizam o aprendizado das habilidades motoras por meio dos jogos e brincadeiras populares; 31,58% o aprendizado do jogo e da brincadeira como patrimônio cultural imaterial; 14,03% o aprendizado dos valores relacionados com a sociedade; 10,52% a produção dos alunos; 5,26% o aprendizado das cores, letras e formas por meio das brincadeiras.
Em relação ao como avaliam construímos 2 categorias: praticas avaliativas que registram a ação e práticas que representam a ação. A categoria 1 representa 72,79% das respostas, revelando o uso de foto e filmagens como práticas avaliativas e 27,21% tem como instrumentos produzidos pelos os alunos, os desenhos, pinturas, produções de brinquedos, apresentações culturais e portfólios. Em relação ao quando avaliam, 27,45% realizam a avaliação diagnóstica, 37,25% formativa e 35,30% somativa.
Concluímos que, embora os dados produzidos sobre como avaliam direciona o olhar para as práticas avaliativas que registram a ação, quando analisamos o que os professores avaliam a centralidade está no ensino, dessa forma identificamos que: 67,65% dos professores avaliam o seu ensino; 17,64% a aprendizagem da criança; 5,88% o processo ensino-aprendizagem e 8,82% não apresentaram clareza em suas respostas.
Esses dados, evidenciam a centralidade da avaliação do processo de ensino e da aprendizagem realizada pelo professor de EF na EI. Nessa perspectiva, sinalizamos como possibilidade de continuação do estudo a necessidade de compreendermos quais são as concepções avaliativas dos professores, articulando–as perspectivas de E.

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