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GINÁSTICA PARA TODOS E A TRÍADE UNIVERSITÁRIA
Priscila Lopes, Mellina Souza Batista, Michele Viviene Carbinatto

Última alteração: 2017-09-02

Resumo


O objetivo do estudo foi verificar pesquisas que abordem processos formativos em Ginástica Para Todos (GPT) envolvendo a tríade universitária de forma indissociável.
A GPT supera o ideário biologicista, tecnicista, competitivo do pensamento formal predominante na formação em Educação Física (EF). As reflexões críticas permeadas na relação entre a GPT e a EF caracterizam uma construção histórica que apresenta possibilidades de contraposição do modelo hegemônico que vem sendo determinante no campo da formação profissional (ANES; OLIVEIRA; VENTURA, 2016).
Seu trato na universidade deve considerar o atual entendimento sobre competência profissional, o qual vai além do domínio de conteúdos e suas aplicações mais imediatas, abrangendo as formas de produção do conhecimento em suas áreas científicas e contextualização histórica. Para tanto, o processo de aprendizagem precisa dialogar com a realidade para compreendê-la e transformá-la, não restringindo a formação aos aspectos técnicos e formais, contemplando também aspectos sociais e políticos, enfatizando a importância da articulação entre ensino, pesquisa e extensão na formação (FORPROEXC, 2006).
Trata-se de um trabalho do tipo Estado da Arte focado nas pesquisas que relacionam a GPT e a Formação e Atuação Profissional. Utilizamos os artigos levantados na pesquisa de Simões et al. (2016) que teve como objetivo analisar a Ginástica na produção acadêmico-científica publicada em periódicos nacionais indexadas na área de EF entre 2000 e 2015. Apenas 32 (9,4%) dos 340 periódicos correspondem ao tema Formação e Atuação Profissional e destes, apenas quatro abordaram a GPT.
Verificamos que o estudo de Pizani, Seron e Rinaldi (2009) ao investigar a compreensão de professores universitários acerca dos saberes necessários a formação inicial relacionados à GPT, encontraram diferentes níveis de compreensão. Ferreira et al. (2015) sistematizou a experiência formativa e metodológica com o conteúdo da GPT no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Caetano et al. (2015) ao pesquisar as preferências gímnicas dos alunos na disciplina de GPT na graduação, identificaram a predileção pela Ginástica Rítmica (33,3%), seguida da GPT (26,7%). Silva (2015) sistematizou e analisou a formação continuada em GPT oferecida para profissionais do lazer.
Os dados demonstram que apenas as ações de ensino (formação inicial e continuada) foram abordadas nos artigos analisados.
A visão dicotômica da tríade ensino-pesquisa-extensão se mostra como um obstáculo para a concretização do processo de formação em nível superior, pois a indissociabilidade trata-se de um princípio complexo e paradigmático que não atende apenas uma questão administrativa, mas faz parte da concepção de universidade (TAUCHEN; FÁVERO, 2011).

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