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Interferência Midiática e Ouro Olímpico
Mayra Nascimento Matias de Lima, Letícia Regis Almeida, Laysa Fonseca Sales

Última alteração: 2017-06-14

Resumo


1 INTRODUÇÃO
A mídia atualmente tem diversos papéis na sociedade atual, dentre eles estão o entretenimento, a informação, a comunicação e a interação. No meio desses papéis, encontramos interferências positivas e negativas em nossas vidas. Por está razão, nosso projeto propõe abordar a interferência midiática durante os ciclos olímpicos de 2012 e 2016, nas cidades de Londres e do Rio de Janeiro, respectivamente, no qual a judoca Rafaela Silva foi destaque por suas duas performances opostas. Nesse meio termo, citaremos também a atuação da atleta no Campeonato Mundial de Judô, também sediado na cidade do Rio de Janeiro, em 2013, no qual a atleta conquistou o primeiro lugar.

2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta pesquisa foi à qualitativa, analisando o quadro midiático correspondente às duas fases enfrentadas pela atleta. A escolha se deu pela necessidade de identificação dos tipos de mídia atribuída, o que estas ocasionaram na carreira esportiva da atleta e na sua vida pessoal. A análise foi realizada com a coleta das manchetes digitais dos principais sites esportivos do país, separando-as em notícias de cunho pejorativo, racista, homofóbico, incentivador – do tipo motivacional – e culposo, onde a atleta foi criticada por sua performance durante os Jogos Olímpicos de Londres, 2012.
3 DESCRIÇÕES, RESULTADOS, INTERPRETAÇÕES...
Como resultado, entendemos que a mídia é influenciada pela indústria cultural, devido à sociedade de consumo receber aquilo que esta lhe impõe. Durante grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos – visado pela mídia global - as noticias vinculadas em sua maioria são ligadas ao desempenho dos atletas, as conquistas de seus respectivos países e resultados. As noticias envolvendo a judoca Rafaela Silva tomaram proporções maiores do que, talvez, o esperado pela indústria. Levando a atleta a receber severas críticas e ofensas, das mais variadas, e desapoio por grande parte dos que acompanhavam o espetáculo. Possivelmente abalando a atleta e fazendo-a repensar sobre sua decisão como figura pública.
Após os Jogos Olímpicos de Londres, no qual a atleta foi desclassificada por segurar na calça do kimono de sua adversária – atitude que levava a desclassificação imediata, pelo antigo regulamento regido pela Federação Internacional de Judô (IJF), Rafaela foi consagrada campeã mundial, em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, no Campeonato Mundial de 2013. No entanto, sua conquista pouco foi aclamada pela mídia, revelando o destaque nos noticiários apenas para megaeventos no qual aja interesse da indústria. No entanto, nos Jogos Olímpicos de 2016, mais uma vez na cidade do Rio de Janeiro, a atleta firmou-se melhor do mundo, porém, dessa vez obteve uma extensão maior em seu resultado em comparação com o título mundial.

NO artigo, “Resumo sobre a vida cultural”, o autor diz que não se deve negligenciar a importância da cultura de massa como formadora das mentalidades, mas ao mesmo tempo alerta para ao se confundir este aspecto factual com o d direito, ou seja, não se trata de dizer que sua maciça influência justifique a ideia de que ela tenha valor, que contribua para a emancipação dos homens.

A judoca teve sua performance noticiada de formas diferentes pela mídia, mostrando a imagem da derrota e da vitória. Isso faz repensar o papel da influência midiática nos atletas, analisando a publicidade causada por seus feitos e a valorização de seus nomes de forma comercial. Faz parte deste trabalho gerar uma reflexão sobre como o posicionamento de outrem influência nossa forma de pensar e observar o mundo.



4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das experiências obtidas pela judoca, campeã olímpica e mundial, Rafaela Silva, podemos analisar a abordagem midiática presente em nossa sociedade. Despertando outros olhares sobre a temática e tentando compreender os fatores por trás de um resultado expressivo, como uma medalha olímpica. Assim, percebemos que a influência midiática cresce a cada dia e é necessário um olhar crítico para adquirir um posicionamento crítico, pois posteriormente refletirá em nossas ações, sejam verbais ou não.

5 REFERÊNCIAS
ADORNO, Theodor W, HORKHHEIMER, Max. A dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.
NEVES, José Luis, Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, p. 1-5, jan. 1996.
FREITAS, Verlaine. Teoria crítica da indústria cultural. Kriterion, Belo Horizonte, v. 45, n. 109, p. 191-198, Junho 2004.

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