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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E LAZER DE ALUNOS EVANGÉLICOS
Talita Carvalho Sajorato, Ana Carolina Capellini Rigoni

Última alteração: 2017-06-09

Resumo


É fato o expressivo aumento do número de alunos evangélicos nas escolas brasileiras e a forma como estes segmentos religiosos influenciam sobremaneira na regulação dos comportamentos e dos corpos de seus fiéis, agenciando, inclusive, a relação das crianças e adolescentes com a aula de Educação Física e com as práticas corporais. Estas questões, por sua vez, afetam diretamente a relação destes sujeitos com o tempo livre e com as práticas de lazer. São muitos os alunos evangélicos que sofrem restrições da família e da Igreja no que diz respeito à participação em jogos, danças, e em tantos outros conteúdos da Educação Física e do lazer. Partimos, no entanto, do pressuposto de que uma “boa” aula de Educação Física seja capaz de gerar no aluno a reflexão sobre estas questões e o desejo de continuar praticando tal atividade fora da escola, o que, consequentemente, pode influenciar em suas práticas de lazer. O objetivo deste projeto foi, portanto, analisar como e se a experiência afetiva com as práticas corporais durante as aulas de EF são capazes de transformar a relação de alunos evangélicos com estas práticas e com o “uso do corpo” no tempo livre, extraescolar. Para isso lançamos mão de pesquisa etnográfica, que está foi realizada em escolas públicas no Município de Piracicaba – SP. Selecionamos duas escolas e em cada uma delas pelo menos um professor de EF, bem como alguns alunos pertencentes às igrejas evangélicas tradicionais. Além da observação e registro em caderno de campo, buscamos conversar diariamente com os sujeitos. Realizamos, ainda, entrevistas semiestruturadas com os alunos selecionados, na busca de compreender o que pensam e sentem em relação a estas questões e como constroem suas relações cotidianas com as práticas corporais neste movimento de tensão entre os conhecimentos repassados pela igreja e aqueles produzidos nas aulas de Educação Física.

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