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Para compreender o lugar e as relações de homens e mulheres numa sociedade importa observar tudo o que socialmente se construiu sobre os sexos. Essas construções se dão de maneiras distintas entre as sociedades, e no âmbito esportivo nem mesmo o futebol foge à regra. É interessante notar que, enquanto no Brasil ele é visto como um esporte de expressão de masculinidades, nos Estados Unidos da América (EUA) os esportes considerados de identidade nacional e que expressam masculinidade são outros. A associação entre futebol e masculinidade se configura como uma barreira para a inserção e ascensão de mulheres treinadoras no Brasil. Considerando as assimetrias em relação às construções culturais dos sexos, processos de subjetivação das identidades perante o futebol e analisando as políticas públicas esportivas de Brasil e EUA, esse estudo buscou comparar as representações e significados atribuídos à treinadora de futebol nesses países por meio de uma entrevista de elite, com uma treinadora brasileira que atuou nos EUA e atua no Brasil com futebol.