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A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA PERSPECTIVA DE ESTUDANTES: UM ESTUDO COM JOVENS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO RIO GRANDE DO SUL
Última alteração: 2017-06-19
Resumo
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a Educação Física (EF) escolar vem passando por discussões sobre sua identidade como Componente Curricular. González e Fensterseifer (2009; 2010), consideram que existe uma crise de legitimidade quanto à função da EF na instituição escolar, pois historicamente, o fazer docente em EF não passava de uma atividade que acontecia no interior das escolas, e o compromisso dos professores resumia-se a uma atividade, a um “fazer”. Porém, atualmente, o desafio é o de construir conhecimento com esse “fazer”, ou seja, “[...] pensar um saber que se desenvolve ao longo dos anos escolares em complexidade e criticidade” (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010, p. 13).
Em meio às constantes transformações históricas, refletirmos sobre a EF escolar torna-se necessário, especialmente diante da Medida Provisória (MP 746/2016) lançada recentemente pelo Governo Federal brasileiro. A MP modifica o texto original da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9394/96 (BRASIL, 2012), retirando a obrigatoriedade do ensino da EF no Ensino Médio. Isto evidencia o quanto a EF ainda carece de discussões que contribuam com sua legitimação no espaço escolar. A participação dos estudantes neste processo é fundamental, já que são os sujeitos das políticas públicas e das ações pedagógicas nas escolas. Assim, o problema de pesquisa que orienta essa investigação está configurado na seguinte questão: quais os significados e a relevância atribuídos por estudantes do Terceiro Ano do EM às suas experiências nas aulas de EF durante a Educação Básica?
2 OBJETIVOS
O objetivo geral da pesquisa trata de compreender os significados e a relevância atribuídos por estudantes do Terceiro Ano do EM às suas experiências nas aulas de EF.
3 METODOLOGIA
Trata de uma investigação de abordagem qualitativa. Os procedimentos para obtenção de informações são: grupo de discussão com dez estudantes do Terceiro Ano do EM, observação participante das aulas de EF, análise de documentos e diários de campo.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Os autores nos quais apoiamos a revisão de literatura destacam que, nas últimas décadas, tanto nas escolas quanto nas Políticas Públicas destinadas aos jovens, houve maior preocupação em oferecer o que se considerou como suas necessidades do que em provocar processos que abrissem espaços e tempos de diálogo para que eles próprios apontassem caminhos e demandas (CARRANO, 2012). Como análises preliminares da pesquisa, podemos inferir que os jovens estudantes têm muito a dizer sobre suas experiências nas aulas de EF, contribuindo, assim, com as discussões necessárias nesta área.
Por ocasião do Estágio de Docência em EF no EM de uma das autoras, estes jovens participaram ativamente das aulas, protagonizando discussões, com contribuições pertinentes e exposições de ideias que demonstravam seu potencial reflexivo e argumentativo sobre temas importantes da atualidade. Entre os assuntos discutidos a partir das construções coletivas dos jovens estavam: as representações sociais de gênero; a participação de pessoas com deficiências nos esportes; o universo das lutas institucionalizadas e o das lutas clandestinas. Estas experiências indicam que os jovens são capazes de fazer escolhas e identificam aprendizados relevantes que podem ser construídas nas aulas de EF.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das falas dos jovens participantes da Pesquisa, foi possível identificar que há um desejo por aprendizagens que se relacionem com suas vidas cotidianas, e mais, que a escola seja um espaço para experimentação e significação dessas aprendizagens.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 7ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições Câmara, 2012.
CARRANO, P. A participação social e política de jovens no Brasil: considerações sobre estudos recentes. O Social em Questão, Rio de Janeiro, ano XV, n. 27, p. 83-99, 2012.
GONZÁLEZ; F.J; FENSTERSEIFER, P.E. Entre o “Não mais” e o “Ainda não”: pensando saídas do não‐lugar da EF escolar I. Cadernos de Formação RBCE, Campinas: CBCE e Autores Associados, v. 1, n. 1, p. 09-24, 2009.
GONZÁLEZ; F.J; FENSTERSEIFER, P.E. Entre o “Não mais” e o “Ainda não”: pensando saídas do não lugar da EF escolar II. Cadernos de Formação RBCE, Campinas: CBCE e Autores Associados, v. 1, n. 2, p. 10-21, 2010.
Nas últimas décadas, a Educação Física (EF) escolar vem passando por discussões sobre sua identidade como Componente Curricular. González e Fensterseifer (2009; 2010), consideram que existe uma crise de legitimidade quanto à função da EF na instituição escolar, pois historicamente, o fazer docente em EF não passava de uma atividade que acontecia no interior das escolas, e o compromisso dos professores resumia-se a uma atividade, a um “fazer”. Porém, atualmente, o desafio é o de construir conhecimento com esse “fazer”, ou seja, “[...] pensar um saber que se desenvolve ao longo dos anos escolares em complexidade e criticidade” (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010, p. 13).
Em meio às constantes transformações históricas, refletirmos sobre a EF escolar torna-se necessário, especialmente diante da Medida Provisória (MP 746/2016) lançada recentemente pelo Governo Federal brasileiro. A MP modifica o texto original da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9394/96 (BRASIL, 2012), retirando a obrigatoriedade do ensino da EF no Ensino Médio. Isto evidencia o quanto a EF ainda carece de discussões que contribuam com sua legitimação no espaço escolar. A participação dos estudantes neste processo é fundamental, já que são os sujeitos das políticas públicas e das ações pedagógicas nas escolas. Assim, o problema de pesquisa que orienta essa investigação está configurado na seguinte questão: quais os significados e a relevância atribuídos por estudantes do Terceiro Ano do EM às suas experiências nas aulas de EF durante a Educação Básica?
2 OBJETIVOS
O objetivo geral da pesquisa trata de compreender os significados e a relevância atribuídos por estudantes do Terceiro Ano do EM às suas experiências nas aulas de EF.
3 METODOLOGIA
Trata de uma investigação de abordagem qualitativa. Os procedimentos para obtenção de informações são: grupo de discussão com dez estudantes do Terceiro Ano do EM, observação participante das aulas de EF, análise de documentos e diários de campo.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Os autores nos quais apoiamos a revisão de literatura destacam que, nas últimas décadas, tanto nas escolas quanto nas Políticas Públicas destinadas aos jovens, houve maior preocupação em oferecer o que se considerou como suas necessidades do que em provocar processos que abrissem espaços e tempos de diálogo para que eles próprios apontassem caminhos e demandas (CARRANO, 2012). Como análises preliminares da pesquisa, podemos inferir que os jovens estudantes têm muito a dizer sobre suas experiências nas aulas de EF, contribuindo, assim, com as discussões necessárias nesta área.
Por ocasião do Estágio de Docência em EF no EM de uma das autoras, estes jovens participaram ativamente das aulas, protagonizando discussões, com contribuições pertinentes e exposições de ideias que demonstravam seu potencial reflexivo e argumentativo sobre temas importantes da atualidade. Entre os assuntos discutidos a partir das construções coletivas dos jovens estavam: as representações sociais de gênero; a participação de pessoas com deficiências nos esportes; o universo das lutas institucionalizadas e o das lutas clandestinas. Estas experiências indicam que os jovens são capazes de fazer escolhas e identificam aprendizados relevantes que podem ser construídas nas aulas de EF.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das falas dos jovens participantes da Pesquisa, foi possível identificar que há um desejo por aprendizagens que se relacionem com suas vidas cotidianas, e mais, que a escola seja um espaço para experimentação e significação dessas aprendizagens.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 7ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições Câmara, 2012.
CARRANO, P. A participação social e política de jovens no Brasil: considerações sobre estudos recentes. O Social em Questão, Rio de Janeiro, ano XV, n. 27, p. 83-99, 2012.
GONZÁLEZ; F.J; FENSTERSEIFER, P.E. Entre o “Não mais” e o “Ainda não”: pensando saídas do não‐lugar da EF escolar I. Cadernos de Formação RBCE, Campinas: CBCE e Autores Associados, v. 1, n. 1, p. 09-24, 2009.
GONZÁLEZ; F.J; FENSTERSEIFER, P.E. Entre o “Não mais” e o “Ainda não”: pensando saídas do não lugar da EF escolar II. Cadernos de Formação RBCE, Campinas: CBCE e Autores Associados, v. 1, n. 2, p. 10-21, 2010.
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